Economia

Dilma precisa conter gastança para segurar juros até as eleições

Segundo o chefe da Divisão Econômica da CNC, "não há mais espaço para incentivos fiscais na economia"

Rosana Hessel
postado em 19/11/2013 08:54


Um arrocho nas contas públicas se tornou urgente ao governo Dilma Rousseff. Para evitar uma disparada dos juros e manter a inflação ao menos administrável, a equipe dela terá de segurar a gastança. Sem espaço para mais manobras fiscais e com a proximidade das eleições de 2014, o Palácio do Planalto corre contra o tempo. De um lado, promove um aperto monetário para, ao menos, segurar os preços até o pleito e, de outro, tenta convencer o mercado de que está controlando as despesas. Os dados do país, no entanto, não convencem. Hoje, a prévia da carestia oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo ; 15 (IPCA-15), deve confirmar a persistência inflacionária. A expectativa é de que o indicador, em 12 meses, fique em 5,87%.

[SAIBAMAIS];Não há mais espaço para incentivos fiscais na economia. O que resta é tentar um novo contingenciamento de recursos, como ocorreu no início do Plano Real;, explicou o chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional de Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Para o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, não há mais tempo para este governo fazer um ajuste. ;A gente já perdeu o bonde. O que resta é aumentar juros para segurar a inflação. Uma mudança para valer só vai ocorrer mesmo a partir de 2015;, afirmou.



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