Pedro Rocha Franco
postado em 23/11/2013 07:49
Os grupos liderados pela construtora Odebrecht e pela empresa especializada em infraestrutura de transportes CCR foram os vencedores dos leilões dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), realizados ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (BM). Em parceria com a Changi, operadora do terminal de Cingapura, considerado o melhor do mundo, a Odebrecht arrematou o Galeão por meio do consórcio Aeroportos do Futuro com oferta única de R$ 19 bilhões, ágio de 294% sobre o lance mínimo de R$ 4,83 bilhões.
A proposta vencedora pelo aeroporto mineiro foi encabeçada pela CCR e as operadoras dos aeroportos de Zurique e de Munique, com R$ 1,82 bilhão, 66% acima do piso estipulado pelo governo, de R$ 1,09 bilhão. O consórcio Aerobrasil venceu apenas uma segunda fase da disputa, por meio do sistema viva-voz, batendo o grupo formado pela empreiteira Queiroz Galvão e a operadora espanhola Ferrovial.
Ao todo, cinco grupos formados por 14 empresas nacionais e estrangeiras participaram do leilão. O ágio médio nas duas disputas, de 253% acima dos R$ 5,9 bilhões mínimos, ficou aquém do registrado na primeira rodada de concessões aeroportuárias (348%), em fevereiro de 2012. A diferença paga pelo Aeroporto de Brasília naquela ocasião, de 673,4%, continua sendo a maior até agora.
A presidente Dilma Rousseff avaliou o certame como ;muito bom; e ;além das expectativas;. Em Fortaleza, ela disse que a grande diferença em relação aos preços mínimos foi a confirmação do interesse de grandes empresas do setor. Ela frisou ainda que foi ;grande a arrecadação para o Tesouro;, ignorando que o pagamento das outorgas será feito em parcelas anuais, ao longo de até 30 anos e com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, seguiu a mesma linha, prevendo que, em breve, ;o brasileiro encontrará condições muito melhores em praticamente todos os principais aeroportos do país;. Ele afirmou estar satisfeito com o resultado de ontem, destacando o ;apetite dos investidores; pelo programa federal de concessões e a competição por ;produtos rentáveis;. ;As concessões vão bem e vamos leiloar mais três atraentes rodovias até o fim do ano;, acrescentou.
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