Economia

Balança comercial volta a registrar déficit semanal: US$ 1,35 bilhão

Saldo comercial acumulado no ano passou a deficitário em US$ 1,455 bilhão, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

postado em 25/11/2013 15:41
A balança comercial brasileira voltou a registrar déficit (exportações inferiores às importações) de US$ 1,35 bilhão na quarta semana de novembro. O valor resultado de US$ 4,15 bilhões em vendas externas e US$ 5,5 bilhões em compras do Brasil no exterior. Com isso, o saldo comercial acumulado no ano, que estava negativo em US$ 105 milhões, passou a deficitário em US$ 1,455 bilhão. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (25/11) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.



O resultado negativo ocorre após superávit de US$ 808 milhões na terceira semana do mês, puxado pela exportação de uma plataforma de petróleo. Na prática, a plataforma não chega a deixar o país, sendo vendida a uma subsidiária da Petrobras no exterior, em uma operação que visa à redução dos gastos com impostos. Segundo o ministério, a operação é considerada legalmente exportação e está de acordo com critérios da Organização das Nações Unidas (ONU).

A média diária das exportações na quarta semana de novembro ficou em US$ 830,2 milhões, 24,8% abaixo do apurado até a terceira semana, US$ 1,104 bilhão. Produtos industrializados e não industrializados foram responsáveis pela retração. As vendas de itens básicos recuaram 32,3%, principalmente em função das carnes de frango e bovina, do milho, café, petróleo bruto e da soja em grão. O comércio de semimanufaturados e manufaturados também caiu, respectivamente 23,6% e 16,5%. No primeiro grupo, açúcar, ligas de ferro, ouro e couros e peles puxaram o recuo. No segundo caso, entre os responsáveis, estão automóveis de passageiros, autopeças, motores e geradores e veículos de carga.

Do lado das importações, houve crescimento de 18,1% na média diária da quarta semana, que ficou em US$ 1,1 bilhão. A alta é explicada pelo aumento das compras do Brasil no exterior de combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, automóveis e plásticos.

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