Economia

Manifestantes protestam em frente ao BC contra possível alta dos juros

De acordo com as expectativas do mercado, os juros básicos do país devem passar dos atuais 9,5% para 10% ao ano

Simone Kafruni
postado em 26/11/2013 12:48

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirmou que os trabalhadores não são mais ouvidos pelo governo federal

As centrais sindicais fizeram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (26/11), em frente ao Banco Central (BC) do Brasil contra o aumento de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido no BC e, quarta-feira (27/11), deve anunciar a nova taxa Selic. De acordo com as expectativas do mercado, os juros básicos do país devem passar dos atuais 9,5% para 10% ao ano.


Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores reuniram dezenas de pessoas em frente ao prédio do Banco Central, interrompendo o trânsito para a manifestação. A próxima manifestação deve se dar em São Paulo no dia 9 de dezembro. A PM estima que há 30 pessoas no local.

Depois do protesto em frente ao Banco Central, representantes da CUT e do Partido dos Trabalhadores (PT) se dirigiram para o Supremo Tribunal Federal (STF), para protestar contra a prisão dos mensaleiros.



O presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrou que o país melhorou muito nos últimos 12 anos, mas que o papel das centrais é sair às ruas quando o governo errar. "Aumentar os juros é um erro. Só vai fortalecer os bancos. Precisamos garantir a força da indústria nacional, para gerar mais empregos. Com juros altos, não teremos investimentos para aumentar a produção do país", disse.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirmou que os trabalhadores não são mais ouvidos pelo governo federal. "Estamos excluídos das negociações. Quando nos chamam é para tentar carimbar uma redução de direitos. A política monetária do governo está levando o país a um PIB cada vez menor", ressaltou.

Vários líderes se manifestaram contra o aumento de juros, mas incluíram na pauta de reivindicações o fim do fator previdenciário e a correção da tabela do Imposto de Renda. Com o grito de guerra "Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver o juro abaixar", no final da manhã, o caminhão de som e os manifestantes, em passeata, seguiram para o Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar apoio aos políticos presos do mensalão.

Com informações de Bárbara Ferreira

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