Agência France-Presse
postado em 05/12/2013 11:38
Bruxelas - Cerca de 125 milhões de europeus estavam ameaçados de pobreza ou de exclusão social em 2012, ou seja, cinco milhões de pessoas a mais que em 2011 na União Europeia (UE), segundo dados publicados nesta quinta-feira (5/12) pela agência europeia de estatísticas Eurostat.Segundo estas cifras, quase um quarto dos europeus, 124,5 milhões em 2012, enfrentavam pelo menos uma das três formas de exclusão: risco de pobreza (as que vivem um lar com receita disponível inferior ao limite de pobreza), situação de privação material severa ou pessoas que vivem em lares com muito baixa intensidade de trabalho.
A UE propôs em sua estratégia "Europa 2020" adotada em 2010 tirar uma em cada seis pessoas da pobreza, equivalente então a cerca de 20 milhões de pessoas. A tendência vai em sentido contrário. Segundo os dados publicados nesta quinta-feira, a porcentagem de pessoas afetadas por pelo menos um dos três critérios de pobreza passou de 23,7% da população total em 2008 a 24,8% em 2012.
Em 17 dos 28 membros da UE o risco de pobreza aumentou entre 2008 e 2012. Na Bulgária, por exemplo, quase uma pessoa em duas está ameaçada de pobreza (49,3%). Esta situação também se repete, em menor proporção, na Romênia (41,7%) e Letônia (36,6%).
Na Grécia, país que desde o começo da crise econômica e financeira de 2008 foi resgatado financeiramente em troca de drásticas reformas e cortes orçamentários, o risco de pobreza não parou de aumentar. Em 2008, 28,1% da população estava ameaçada de pobreza, em 2011, eram 31% e em 2012, 34,6%.
Na Espanha, outro país afetado pela crise econômica, o risco de pobreza passou a ameaçar a 24,5% dos espanhóis em 2008 a 28,2% em 2012, ou seja, 13,1 milhões de pessoas. Na Itália, passou de 25,3% a 29,9%, ou seja, cerca de 18,2 milhões de pessoas. A ameaça de cair na pobreza na Alemanha passou de 20,1% em 2008 a 19,6% em 2012, na Bélgica de 20,8% a 21,6%, na França de 18,6% a 19,1% e na Grã-Bretanha de 23,2% a 24,1%.