postado em 08/12/2013 08:03

O custo da dívida para o governo, a exemplo do registrado no auge da crise imobiliária iniciada em solo norte-americano, começa a preocupar. Em breve, os passivos do setor público devem ultrapassar os 60% do Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, o preço de financiar o rombo fiscal também se elevou drasticamente. A NTN-B com vencimento em 2050, o título público mais comprado pelos fundos de pensão, é negociada entre os bancos com prêmio de 6,6% acima da inflação ao ano ; o maior patamar desde que o papel começou a ser emitido, em 2010. No mercado de juros futuros, as taxas se aproximam das de 2009, quando os contratos com vencimento em dois anos pagavam 10% ao ano.
A diferença entre 2013 e 2009, porém, é que agora os fundamentos do Brasil são piores. A economia que o governo faz para pagar os juros da dívida, o chamado superavit primário, deve ser o menor da década ; estima-se que ele fique ao redor de 1,7% do PIB. O valor é inferior até mesmo que o de quatro anos atrás, quando o Brasil amargou uma recessão de 0,3%, muitas empresas pararam de dar lucro e a arrecadação de impostos federais derreteu. Esse volume de poupança é insuficiente ainda para colocar a dívida bruta em trajetória de queda e colabora para distanciar o Brasil de seus pares, outros emergentes que, na média, têm uma dívida equivalente a 35% das riquezas que produzem em um ano.
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