Economia

Ministro Guido Mantega diz que a arrecadação de novembro foi recorde

Segundo ele, "o governo está empenhado em fazer um (resultado) fiscal forte para dar sustentação ao crescimento do país"

Rosana Hessel
postado em 11/12/2013 12:42
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (11/12) que a arrecadação de impostos e tributos federais alcançou a marca recorde de R$ 110 bilhões em novembro. "Em outubro também tinha sido recorde, de R$ 100 bilhões. Com isso quero dizer que o governo está empenhado em fazer um (resultado) fiscal forte para dar sustentação ao crescimento do país", disse o ministro, ao participar do encontro nacional da indústria, hoje, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães.

[SAIBAMAIS]Durante pouco mais de 15 minutos, Mantega falou sobre a recuperação da economia brasileira e mundial e anunciou novas medidas de estímulo ao setor produtivo. A principal delas foi a prorrogação, em 2014, do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). O ministro disse, contudo, que as taxas de juros praticadas dentro do programa serão reajustadas acompanhando a elevação dos juros básicos da economia.



Desde Abril, a Selic foi aumentada seis vezes, saindo da mínima história, 7,25% ao ano, para o patamar atual de 10% ao ano, em novembro. A perspectiva é de que os juros sigam em alta até, pelo menos, o primeiro trimestre de 2014, o que tende a encarecer o custo de todos os empréstimos da economia. Por conta disso, disse Mantega, as taxas do PSI serão reajustadas para todas as linhas do programa.

A linha para aquisição de ônibus, máquinas e caminhões, que tinha juros subsidiados pelo governo, sairá de 4% ao ano para 6% ao ano, segundo antecipou o ministro. A mesma elevação será feita no programa Pro-caminhoneiro, cujas taxas também subirão de 4% para 6% ao ano. A taxa praticada nos empréstimos para financiar a exportação será elevada de 5% para 8,5%.

Pernas mancas


O ministro reforçou que, apesar dos estímulos dados pelo governo, a economia ainda apresenta sinais de instabilidade. Como exemplo, Mantega citou a desaceleração do crédito para consumo e o cenário internacional ainda delicado. "A economia brasileira está crescendo com duas pernas mancas. De um lago, o crédito ao consumo está mais fraco, do outro, a economia internacional ainda encontra-se em estagnação. Ou seja, nós estamos tecendo mesmo com o vento desfavorável."

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação