Economia

Recursos da poupança para financiamentos habitacionais devem crescer 15%

Depois de subirem 19% em 2013 e recuperar perdas, recursos da poupança para financiamento devem crescer 15% no próximo ano, atingindo R$ 115 bilhões. Com o dinheiro do FGTS, serão R$ 172,8 bilhões

Simone Kafruni
postado em 15/12/2013 08:14
Sonho de muitos brasileiros, a casa própria poderá se tornar uma realidade mais fácil em 2014, ano em que as construtoras apostam tudo na recuperação dos negócios, depois de resultados minguados desde 2011. Movidas a crédito, as empresas querem desovar os estoques e ampliar a média de lançamentos, que ficaram engavetados diante do fraco desempenho da economia. A alavanca virá, sobretudo, do crédito farto. Estima-se que os consumidores terão disponíveis pelo menos R$ 172,8 bilhões para financiamentos, somados os recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O ano que se encerra agora já foi de aumento de crédito. Mas grande parte da alta representa a recuperação do patamar de 2011, já que em 2012 houve perda considerável. Levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostra que o total de imóveis financiados com recursos dessa modalidade de depósito bancário deverá somar 520 mil unidades em 2013, alcançando o valor recorde de R$ 100 bilhões. Se confirmado, o montante é 19% superior aos R$ 84 bilhões destinados a 450 mil imóveis no ano passado. Para 2014, a expectativa do setor é de um acréscimo de mais 15% no volume de recursos, chegando à marca de R$ 115 bilhões.

O presidente da Abecip, Octávio de Lazari Junior, espera um crescimento entre 15% e 20% nos financiamentos no próximo ano. Para isso, ele conta com o avanço do crédito puxado pelo apetite dos bancos pela carteira imobiliária, além da melhora do caixa de construtoras e da manutenção dos níveis gerais elevados de emprego e renda.

Só de janeiro a outubro, o crédito imobiliário cresceu 34% em comparação a igual período de 2012, atingindo R$ 88 bilhões, dos quais R$ 63 bilhões para pessoas físicas. Os financiamentos para as empresas de construção fecharam 2012 em queda de 20% e subiram 19% nos primeiros 10 meses deste ano.

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