postado em 16/12/2013 08:27
De ressaca, a equipe econômica do governo chegará ao Natal de 2013 esperando, como nunca, dias melhores. Enquanto os brasileiros se sentarão à mesa para a ceia mais cara dos últimos anos, os responsáveis por conduzir os rumos do país terão muito mais do que a inflação para se preocupar. Apesar da insistente vista grossa das autoridades de gabinete, os indicadores não deixam dúvidas: as trevas do crescimento baixo, da gastança pública sem controle e da descrença com o país abalam a fé de qualquer otimista.
Para quem cuida da economia brasileira, as luzes do Natal serão ofuscadas pela maior onda de desconfiança desde a crise internacional de 2008. Não há clima para estouro de champanhe. A lista dos indesejados presentes deste ano é extensa: inclui os juros de volta à casa dos dois dígitos ; e com mais perspectiva de aumento a partir de janeiro ; e a tensão em torno do câmbio a partir da redução dos estímulos nos Estados Unidos, esperada para 2014.
Se pararem para fazer o balanço do ano, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sentirão o desconforto de não terem alcançado importantes metas, a começar com a da inflação. Em dois meses, a alta acumulada de preços rompeu o limite estipulado pelo governo, de 6,5%. Isso ocorreu em março (6,59%) e, mais ainda, em junho (6,70%), quando os brasileiros ocuparam as ruas para, entre tantas outras coisas, chiarem da carestia.
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