O Fed injetará, a partir de janeiro, 75 bilhões de dólares mensais na economia, contra os atuais 85 bilhões e poderá continuar "reduzindo o ritmo de suas compras de ativos" nas reuniões seguintes "se o mercado de trabalho melhorar e se a inflação voltar a seu objetivo" de 2% ao ano.
Em uma coletiva de imprensa posterior à publicação da decisão do Fed, o presidente Ben Bernanke se declarou confiante de que a inflação (0,7% em novembro) voltará a esse nível.
O presidente demissionário do banco central informou que as futuras reduções de compras de ativos serão "da mesma ordem" ao longo de 2014, mas, por estarem ligadas aos dados econômicos, não serão adotadas necessariamente em cada reunião.
O Comitê destaca no documento que "os riscos futuros da economia e o mercado de trabalho estão mais equilibrados".
"À luz dos avanços registrados para o máximo emprego, assim como, a melhoria das condições do mercado de trabalho, o Comitê decidiu reduzir moderadamente o ritmo de suas compras de ativos", informa o texto, depois que a taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual em novembro, a 7%.
As compras de ativos destinadas a influenciar na baixa sobre as taxas e sustentar a recuperação, serão reduzidas a 35 bilhões de dólares ao invés de 40 bilhões para os títulos ligados aos créditos hipotecários (MBS). Para os títulos do Tesouro as compras passarão a 40 bilhões de dólares, contra os 45 bilhões atuais.
Esperada ansiosamente pelos mercados acostumados "ao dinheiro fácil", esta decisão foi uma relativa surpresa para a maioria dos economistas e analistas, que esperavam que o statu quo fosse mantido.
O Fed afirma que manterá "provavelmente" o atual nível da taxa básica de juros - próxima a 0 desde o final de 2008- "bem depois de a taxa de desemprego cair a 6,5%, principalmente, se as previsões de inflação continuarem abaixo do objetivo de 2%".
O único membro do FOMC que votou contra esta decisão foi Eric Rosengren, da representação regional de Boston, que considera que a taxa de desemprego ainda é muito elevada.
Além disso, o Fed ampliou sua margem de previsão de crescimento e reduziu a de desemprego para 2014.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país deve aumentar para uma margem de 2,8% a 3,2% no próximo ano, uma margem mais ampla que a de 2,9 a 3,1% prevista em setembro, segundo previsões do Comitê de Política Monetária (FMOC).
O Fed revisou em leve queda sua previsão de taxa de desemprego para 2014, de 6,3 a 6,6% contra 6,4% a 6,8%.
Wall Street operava em alta depois da decisão do Fed: o Dow Jones ganhava 0,96% e o Nasdaq, 0,19%.
Por volta das 17H25 (de Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average ganhava 152,38 pontos a 16.1027,64 pontos, depois de perder mais de 0,40%, pouco antes da publicação do comunicado do banco central.