Economia

Brasileiro sofre com aumento de passagens e desrespeito nos aeroportos

Além de pagar um alto custo pelos bilhetes, que estão sendo reajustados, consumidores enfrentam atrasos

Antonio Temóteo
postado em 19/12/2013 06:08
Clientes aguardam em filas para fazer check-in e ainda têm de esperar por horas até a liberação dos voos

Os brasileiros que pretendem viajar de avião no início de 2014 e ainda não compraram passagens devem preparar o bolso. A Gol informou que vai reajustar em 5,2 % os bilhetes padrão e em 3,8 % os comprados com milhas. Procurada, a companhia não quis justificar o porquê da correção. Mesmo com o anúncio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou, durante a apresentação de estatísticas do setor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que, quando comparados a 2002, os preços das viagens aéreas ainda estão baixos.

A agência reconheceu, porém, que já houve um aumento de valores no primeiro semestre deste ano, mas argumentou que não tem competência para regular os preços dos bilhetes. ;Não podemos definir se o cobrado é abusivo nem estipular um teto para as passagens. Apenas acionamos o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ou os órgãos de proteção aos direitos do consumidor para que tomem as medidas possíveis;, explicou o presidente da Anac, Marcelo Pacheco dos Guaranys. Segundo ele, um dos principais motivos dos reajustes de passagens é o aumento nos preços dos combustíveis. ;Isso corresponde a 39% dos valores cobrados pelas viagens;, estimou.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, também atribuiu ao ICMS, que é regional, uma das barreiras para que as passagens aéreas no Brasil não se tornem mais baratas. ;Em nenhum lugar neste planeta se cobra tributo regional. Muitas vezes, um consumidor pega um avião em Guarulhos rumo a Fortaleza e paga mais caro que outro que embarca de Guarulhos para Buenos Aires;, exemplificou. Sanovicz ainda incluiu no pacote de empecilhos o método de precificação sobre o combustível da Petrobras. ;É o mesmo modelo usado nos anos 1980;, reclamou.

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