Economia

Crédito avança em novembro e chega a R$ 2,6 trilhões

Acompanhando a alta da taxa básica de juros, a Selic, que em 2013 saiu da mínima história 7,25% ao ano, para o patamar atual de 10%, em novembro, as taxas de juros subiram 2 pontos percentuais

postado em 19/12/2013 11:00
O estoque total de empréstimos e financiamento no sistema financeiro subiu 1,5% em novembro, alcançando a marca recorde de R$ 2,647 trilhões no mês. No ano, a alta já é de 11,8% e, em 12 meses, a expansão já atinge 14,5%.

A elevação no estoque de crédito reflete o aumento das operações neste fim de ano, quando o comércio e a indústria alcançam as melhores marcas de venda por conta do Natal e Ano-Novo. O crédito como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) alcançou o patamar de 55,6% em novembro, anti 55,1% em outubro.

A boa notícia é que o maior volume de crédito não foi acompanhado de maior inadimplência nos empréstimos e financiamentos. Dados divulgados agora a pouco pelo Banco Central mostram que os atrasos superiores a 90 dias no sistema financeiro situaram-se na casa dos 3,1% do estoque total, este é o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2011 pesquisado pela autoridade monetária.



Mais uma vez, houve alta nas taxas médias de juros praticadas tanto em operações com recursos livres quanto direcionados (crédito rural, par a compra da casa própria ou para programas federais). A taxa média das operações situou-se em 20% em novembro, leve alta de 0,2 ponto percentual sobre outubro e 1,1 ponto percentual sobre o penúltimo mês de 2012.

Quando comparados os juros apenas para as pessoas físicas, as taxas caíram na passagem de outubro para novembro. Houve leve recuo de 0,1 ponto percentual para 26,1% ao ano. Para as pessoas jurídicas, as taxas médias foram de 15,1% ao ano.

Acompanhando a alta da taxa básica de juros, a Selic, que em 2013 saiu da mínima história 7,25% ao ano, para o patamar atual de 10%, em novembro, as taxas de juros subiram 2 pontos percentuais em 2013.

Como o Banco Central deve seguir elevando os juros básicos da economia para colocar em rédea curta a inflação, é provável que as taxas cobradas dos empréstimos e financiamentos também fiquem maiores para consumidores e empresas. O mercado aposta em uma nova alta da Selic em janeiro, para 10,25% ao ano. Até o fim do 1; trimestre, os juros podem chegar, na conta de experientes analistas do mercado, a 11% ao ano.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação