Economia

Presentes de última hora animam vendas do comércio popular no centro do Rio

O cansaço era nítido no rosto dos vendedores, que nos últimos dias enfrentaram uma verdadeira maratona, trabalhando inclusive durante o final de semana

postado em 24/12/2013 17:12
Movimento de consumidores para compras de Natal de última hora na região de comércio popular do Saara
Rio de Janeiro ;
Faltando poucas horas para a ceia de Natal, milhares de cariocas ainda disputavam presentes nas lojas de comércio popular do centro histórico do Rio, que decidiram ficar abertas até pelo menos as 16h desta terça-feira (24/12). O cansaço era nítido no rosto dos vendedores, que nos últimos dias enfrentaram uma verdadeira maratona, trabalhando inclusive durante o final de semana.

O presidente da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Enio Bittencourt, comemorou os resultados. ;A cada ano que passa, aumenta mais o fluxo de clientes e as vendas. Nós tivemos um Natal muito bom em 2012 e este ano está sendo melhor ainda. Tivemos de 10% a 15% a mais de faturamento em relação ao ano passado. Ontem, recebemos mais de 1 milhão de pessoas nas nossas 11 ruas;, disse Enio.

A região da Saara concentra o comércio popular do centro do Rio, com 1.250 lojas e cerca de 10 mil empregados. ;Contratamos mais mil [trabalhadores] extras para este Natal. Graças a Deus não tem crise aqui na Saara;, disse Enio, que há 25 anos preside a entidade.



A garantia dos lucros de última hora ocorre graças a clientes como a depiladora Juliana Figueiredo, que no meio da tarde ainda escolhia roupas em uma das gôndolas que ficam em frente às lojas: ;Deixei para a última hora. Comprei tudo aqui na Saara;. O comerciante Francisco de Amorim também escolhia às pressas um par de sapatos para a esposa: ;Saí do trabalho e só consegui vir agora;, justificou.

A multidão de consumidores é o ganha-pão do locutor Jair Oliveira dos Santos, que fica sentado em um banquinho, em frente à loja, anunciando por um microfone as ofertas do dia. ;O movimento foi ótimo neste Natal. Muita gente comprando. Todo mundo deixa para a última hora. Enquanto tiver gente na rua, nós ficamos abertos;, disse Jair.

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