Agência France-Presse
postado em 07/01/2014 16:40
A renovação de um mecanismo de auxílio-desemprego depois de seis meses nos Estados Unidos superou um obstáculo no Senado nesta terça-feira (7/1), depois de uma votação que abre caminho para sua eventual aprovação no Congresso, como reivindica Barack Obama.Os senadores votaram por 60 contra 37 o texto sobre o procedimento, que deve permitir sua aprovação mais à frente na Câmara Alta. Contudo, os republicanos, que controlam a Câmara de Representantes, que também deve aprovar a norma, anteciparam que se oporiam a ela, se ela não for financiada por fundos provenientes de outros setores.
O presidente Obama pediu, nesta terça-feira a seus adversários republicanos para apoiar a iniciativa, que considera um imperativo não só moral como também econômico.
"Não lembro de ter encontrado um só norte-americano que prefira um seguro-desemprego ao invés de trabalhar", disse Obama na Casa Branca, onde convidou várias pessoas que procuram emprego cujos benefícios foram cortados no final de dezembro.
"Os desempregados não são preguiçosos, não lhes falta motivação, sofrem as consequências da pior crise econômica em uma geração", afirmou.
Trata-se dos primeiros enfrentamentos políticos do ano, em uma batalha que terminará em novembro com as eleições legislativas de meio de mandato.
Diante da falta de acordo entre legisladores democratas e republicanos, essa ampliação, aprovada em 2008 pela administração do presidente George W. Bush, acabou no final de dezembro: 1,3 milhão de desempregados perderam de forma imediata seu seguro-desemprego.
A taxa de desemprego no país se reduziu em novembro a 7,0%, seu nível mais baixo dos últimos cinco anos, mas continua havendo numerosas zonas obscuras, em particular no que se refere ao desemprego de longa duração.
Segundo dados oficiais, mais de um terço dos 10,9 milhões de desempregados nos Estados Unidos, buscam um emprego há mais de seis meses.