Um total de 109 campanhas de recall foram recebidas em 2013 pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), segundo dado divulgado nesta quarta-feira (15/1). Trata-se de um recorde, de acordo com dados do governo. Em 2012, foram 67 campanhas desse tipo. Houve, portanto, uma alta de mais de 62% na quantidade de recalls de um ano para o outro. As informações fazem parte do Boletim Saúde e Segurança do Consumidor, divulgado hoje pela Senacon.
Em 2011 foram 76 campanhas semelhantes. Em 2010 havia sido alcançado o recorde anterior, com 78 chamamentos. A série apresentada hoje conta com dados desde 2003. Conforme o balanço divulgado nesta quarta-feira, de 2003 a 2013 foram realizados 627 processos de recall. "A campanha de recall não é apenas um dever legal das empresas, mas também um indicativo de que as relações de pós-venda com o consumidor devem ser pautadas pelo respeito e transparência", disse secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira.
De acordo com a Senacom, lideraram a lista de chamamentos no ano passado o setor automobilístico - automóveis e caminhões (61.56%). Em seguida vem o setor de motociclos - motocicletas e bicicletas (14.35%) e a área da Saúde, com a troca de 5,74% de produtos como cosméticos e equipamentos que poderiam causar prejuízos ao cliente.
Mas o órgão destaca que a lista de produtos que apresentaram algum defeito tem se diversificado ao longo do tempo. A Senacom ressalta que em 2013 houve recall de produtos de higiene pessoal, medicamentos, umidificador de ar, removedor de esmaltes, cadeiras infantis e de plástico.
(Com informações de Guilherme Araújo)