Jornal Correio Braziliense

Economia

Companhias Aéreas 'congelam' preços e pedem voos extras para a Copa

Nesta quinta a Anac divulga uma lista oficial de operações extras que foram deferidas para vigorar entre 6 de junho e 20 de julho, período que engloba a Copa do Mundo



A TAM prevê investir R$ 50 milhões para atender a demanda extra. A companhia aérea deve contratar 1 mil colaboradores temporários para atuar principalmente nos aeroportos e em call center. Tripulantes e equipes de manutenção também serão contratados. Em nota, a Gol diz que só se manifestará sobre o tema após a divulgação da Anac do novo desenho da malha aérea.

No balanço preliminar já divulgado pela agência reguladora, Belo Horizonte não figurava entre os oito destinos que tiveram maior variação. Os aeroportos que terão o maior número de novos assentos ofertados são Cuiabá (48%), Campinas (41,6%), Guarulhos (36,5%), Natal (27,5%), Fortaleza (17,8%), Salvador (14%), Recife (13%) e Galeão (13%). Ou seja, pela prévia, Confins teria variação inferior a 13%.

A partir de hoje, as empresas aéreas podem apresentar pedidos de voos fretados para a fase eliminatória do Mundial. A Azul adianta que fará mais solicitações. ;Para os jogos mais procurados, a Azul disponibilizará voos extras nos dias anteriores e posteriores ao evento;, diz comunicado da empresa.

CRÍTICAS
Sobre a contratação de temporários e o acréscimo de voos, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) só deve se manifestar depois da divulgação hoje da lista de voos extras pela Anac. Mas, em comunicado, o órgão criticou ontem o receio da liberação da operação de companhias estrangeiras, reiterando o risco de aumento do desemprego no setor e a ameaça da segurança de voo devido à ineficiência da fiscalização. ;É ilusório acreditar que acontecerá uma queda nas tarifas com abertura de mercado para empresas internacionais, pois os custos operacionais da aviação no Brasil são diferentes dos de outros países. Caso a medida entre em vigor, a crise no setor ganhará proporções preocupantes;, diz o presidente do SNA, Marcelo Ceriotti.