postado em 24/01/2014 06:00
O Banco Central (BC), enfim, subiu o tom com a escalada dos preços. Indicou ontem estar em alerta máximo com o comportamento perigoso da inflação. Para a autoridade monetária, a carestia tem mostrado ;resistência; e, a despeito de todo o esforço feito até agora para colocar freio à disparada dos índices, o que inclui a elevação das doses de juros, o custo de vida ainda não deu sinais claros de arrefecimento. ;(A inflação) tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava;, reconheceu o BC na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu há uma semana, e resultou na sétima alta consecutiva da Selic desde abril de 2013, para 10,5% ao ano.
O documento, divulgado ontem, traz avaliações mais duras do que as de costume para a inflação, ao mencionar que, em todos os cenários trabalhados pelo BC (chamados de referência e de mercado), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá ficar acima do centro da meta perseguida pelo governo, de 4,5%, tanto neste ano quanto em 2015.
A ata lembrou também que, desde novembro, quando foi realizada a última reunião do Copom de 2013, as previsões para a inflação vêm subindo em ambos os cenários, sem especificar em que dimensão. Não por acaso, o BC avisou que, ;em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante;. O trecho é seguido da menção à necessidade de ;continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias;. Em bom português, mais juros.
;O que está claro é que a inflação ainda enseja preocupação, então o que me parece razoável é que o Copom decidiu jogar para frente a decisão de reduzir o ritmo de ajuste na Selic;, disse o economista-chefe da
SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Nas contas dele, o BC deve promover mais uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica, em fevereiro, e uma última, de 0,25 ponto, em abril.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique