Jornal Correio Braziliense

Economia

Islã impede aplicações no mercado financeiro se ganho não for repartido

Situação financeira de muçulmanos é tratada com discrição



;Em comunidades islâmicas grandes, como as de São Paulo, por exemplo, as contribuições, evidentemente, são maiores do que em mussalas (salas de oração) de cidades do interior. E cada entidade cuida de sua situação econômica, de modo que não temos como falar em valores arrecadados e gastos;, informa a sociedade. Que ressalta: no Brasil, os únicos bens materiais do Islã são as mesquitas, os centros, as mussalas, as escolas e os cemitérios.

Na avaliação de Eduardo Santana, aluno do Instituto Latino-Americano de Estudos Islâmicos (ILAEI) e ex-presidente do Centro Islâmico do Recife (CIR), a comunidade muçulmana no país movimenta cifras consideráveis. ;Mas ter um controle sobre os recursos não é fácil. Algumas entidades preferem manter costumes tradicionais que envolvam a arrecadação direta. Assim, na oração da sexta-feira (Salatul;Jumuah), as ofertas são colocadas de forma visível. O que é arrecadado, na maior parte das vezes, é destinado às obras sociais e à manutenção dos templos;, explica.

Princípios

Todas as verbas para manter uma mesquita vêm dos próprios fiéis e de doações nacionais e internacionais, diz Santana. O Centro Islâmico do Brasil ; a maior mesquita da América Latina, instalada na capital federal desde 1990 ; é totalmente financiado pela Embaixada da Arábia Saudita no país. No terreno com 2,8 mil metros quadrados na Asa Norte, estão dispostos três prédios nos quais funcionam a escola, que oferece aulas de árabe, a mesquita, com capacidade para mil pessoas, e a casa do Sheikh Mohammed, líder religioso.

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