Jornal Correio Braziliense

Economia

Cotação do petróleo fecha em forte alta em Nova York a US$ 97,41

Os preços foram impulsionados por uma nova onda de frio

Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo cotados em Nova York fecharam em forte alta nesta terça-feira (28/1), impulsionados por uma nova onda de frio nos Estados Unidos e uma queda dos temores sobre os países emergentes.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em março ganhou 1,69 dólar no New York Mercantile Exchange (Nymex) a 97,41 dólares.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em março fechou a 107,41 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em alta de 72 centavos em comparação ao fechamento de segunda-feira (28/1).

"A principal razão deste aumento é a antecipação de temperaturas particularmente extremas em várias regiões dos Estados Unidos que já são grandes consumidoras de energia, como a costa nordeste e o meio oeste", disse Bart Melek, da TD Securities.

Os investidores esperam a publicação na quarta-feira do relatório semanal do Departamento de Energia sobre as reservas de produtos de petróleo nos Estados Unidos. Segundo os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswire, as reservas desses produtos, incluindo o combustível para aquecimento, devem registrar queda de 2,6 milhões de barris em relação à semana anterior.

A cotação do petróleo também foi favorecida, segundo Bart Melek, por dados "corretos" sobre a economia norte-americana.

Nesse sentido, embora os pedidos de bens duráveis tenham caído de forma inesperada em dezembro, a confiança dos consumidores aumentou mais que o esperado pelos analistas em janeiro.

O preço do WTI caiu também por causa da alta das principais bolsas mundiais, o que parece indicar que "os temores ligados aos países emergentes se reduzem" disse Phil Flynn, da Price Futures Group.

Alguns consideram que o resultado da reunião do Federal Reserve nesta terça e na quarta-feira "reforçará a confiança na recuperação econômica mundial", acrescentou.

O Fed poderia anunciar uma nova redução de seu programa de recompra de ativos que tem como objetivo favorecer a recuperação da economia dos Estados Unidos.