postado em 07/02/2014 09:22
Numa clara demonstração de que o governo não sabe o que fazer com o setor elétrico para evitar transtornos à população, sobretudo à mais pobre ; a primeira a ser punida pelas empresas em caso de apagão ;, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, voltou a descartar ontem qualquer relação entre o consumo recorde de eletricidade dos últimos dias e o blecaute que atingiu 13 estados e o Distrito Federal na última terça-feira, deixando mais de 6 milhões de consumidores sem luz. ;Não há nenhuma linha de transmissão operando fora do limite;, disse. Mas ele deu um recado aos brasileiros. Quem não quiser enfrentar transtornos nos próximos meses, por causa do calor excessivo e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que poupe energia. ;É sempre bom economizar;, disparou.
[SAIBAMAIS]Por meio de nota, a presidente Dilma Rousseff reafirmou o que dissera em 27 de dezembro de 2012: o 10; apagão de seus governo não foi provocado por raios. ;O sistema elétrico brasileiro, necessariamente, precisa ser a prova de raios. O Brasil é um dos países com maior quantidade de raios no mundo e o sistema foi montado para ser à prova de descargas elétricas, com uma gigantesca rede de para raios. Se raios foram realmente responsáveis pela queda de fornecimento de energia, cabe ao ONS apurar se os operadores estão mantendo adequadamente sua rede de para raios;, afirmou.
O fato é que a falta de explicações consistentes continuará por pelo menos 15 dias, prazo que as autoridades acreditam ser necessário para prestar contas à população, cada vez mais assustada com a ineficiência na administração do sistema elétrico do país. Com o verão escaldante, os consumidores têm recorrido sistematicamente ao ar-condicionado. A demanda por eletricidade está tão forte, que, anteontem, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste bateram novos recordes, segundo o ONS. Na terça-feira, quando parte do país ficou sem luz, o pico de consumo se deu três minutos antes dos curto-circuitos que derrubaram duas linhas do trecho entre a cidade de Miracema (TO) e a usina de Serra da Mesa (GO), importante interligação entre as regiões Norte e Sudeste. Com a queda das linhas, uma terceira ficou sobrecarregada e caiu também.
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