postado em 09/02/2014 07:42
Cristalina (GO) ; A explosão de um vulcão ocorrida há milhões de anos em Cristalina presenteou a cidade goiana com uma fonte volumosa e variada de cristais, conhecidos mundialmente pela predominância de suas seis faces características, e de areias ricas em silício puro. Como se não bastasse tudo isso, uma reserva de quartzo transparente localizada em uma longa fenda de extração dentro de uma mina a céu aberto da cidade se tornaria fonte para uma pedra única.
[SAIBAMAIS]Exposto acidentalmente à radiação gama de cobalto-60, técnica usada para desinfetar frutas frescas para a exportação, o cristal aparentemente igual a qualquer outro ganhou uma exclusiva tonalidade verde-amarelada. Patenteada pelo empresário Eduardo Fernandes, da mineradora Areal Minas Goiás (AMG), como green gold (ouro verde, em inglês), o mineral modificado virou objeto de cobiça internacional, sobretudo de norte-americanos, chineses e indianos.
;Esse cristal verde-amarelado ou amarelo-esverdeado se mantém a aparência constante, independentemente da luz incidente. Em razão das cores que carrega, gosto de chamá-lo de a pedra do Brasil;, conta orgulhoso Fernandes, conhecido em Cristalina como Duda, um misto de empreendedor e cientista. Ele lembra que o nome veio, em 1997, da reação espontânea de um especialista logo após ser apresentado a uma coleção do material, exposta pela AMG numa feira internacional de minerais em Tucson, Arizona (EUA). O empresário denuncia o uso ilegal de sua marca e tentativas fracassadas de reproduzi-la.
Apesar de todo o entusiasmo com uma descoberta que hoje lhe proporciona uma coleção variada de joias e objetos de decoração antes mesmo da frase this is a green gold (isso é um ouro verde), Duda vê um futuro ainda mais promissor em sua atividade com o uso de silício para placas de geração fotovoltaica. ;Esse vale é o Oriente Médio do século 21;, profetiza.
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