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Economia

Departamento do Tesouro americano toma medidas de emergência

"Peço ao Congresso para proteger o crédito dos Estados Unidos e evitar consequências potencialmente catastróficas se não elevar o teto da dívida a tempo", escreveu Jacob Lew

O departamento do Tesouro norte-americano anunciou nesta segunda-feira (10/2) que, como estava previsto, adotou medidas de financiamento excepcionais na ausência de uma ampliação do limite da dívida pelo Congresso.

"Peço ao Congresso para proteger o crédito dos Estados Unidos e evitar consequências potencialmente catastróficas se não elevar o teto da dívida a tempo", escreveu Jacob Lew, secretário do Tesouro, em uma carta ao Congresso enviada na segunda-feira.

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Em suspenso depois do compromisso orçamentário de meados de outubro, o teto da dívida norte-americano foi atingido na sexta-feira e deve, como consequência, ser elevado pelo Congresso para permitir que o Estado possa contrair nova dívida para enfrentar suas obrigações financeiras.

A fim de ampliar sua margem de manobra, o Tesouro renunciará a partir desta segunda-feira a investir em dois fundos de aposentadorias de funcionários da administração, informou Lew. Essas medidas - que alcançam cerca de 175 bilhões de dólares - permitirão ao Estado funcionar até 27 de fevereiro sem ter que emitir nova dívida.

Somente o Congresso tem a prerrogativa de autorizar um aumento do endividamento, que já tinha sido objeto de um bloqueio em outubro passado, gerando temores de um default parcial dos Estados Unidos.