postado em 11/02/2014 06:02
A resistência do governo em pedir à população que colabore com o atual momento de estresse do setor elétrico e economize na conta de luz está custando caro ao país. Analistas estimam que pelo menos R$ 8 bilhões anuais gastos com termelétricas ; acionadas para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas ; poderiam ser poupados caso houvesse uma campanha de redução de consumo. Além disso, o risco cada vez maior de racionamento seria totalmente afastado se as famílias e as empresas ajudassem com uma singela economia média de 5%.
Mesmo sabendo disso, e apesar do crescente custo da eletricidade, prevalece o receio da presidente Dilma Rousseff de esvaziamento do seu discurso político caso um pedido de cooperação do público seja associado ao plano de racionamento de 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. ;Seria bem mais barato à população e ao próprio governo reconhecer que a saída mais óbvia está num ajuste espontâneo da demanda;, afirmou ao Correio o dirigente de uma entidade do setor elétrico.
Na terça-feira da semana passada, curto-circuitos em duas linhas de transmissão que trazem energia do Norte para Sudeste resultaram em um apagão que atingiu 13 estados e o Distrito Federal, afetando cerca de 6 milhões de pessoas. Em nota, o Ministério de Minas e Energia reafirmou ontem que o abastecimento está assegurado ;na quantidade e na qualidade necessárias a todos os consumidores;, apesar da queda dos níveis dos reservatórios.
[SAIBAMAIS]O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou para cima a expectativa de alta do consumo de energia em fevereiro e sinalizou a necessidade de um corte da demanda em 5% nas regiões Sul e Sudeste. Em 2001, apesar de não fazerem parte do plano de racionamento, o Sul economizou, voluntariamente, 8%.
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