postado em 11/02/2014 16:10
As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 23,6% no ano passado, comparado a 2012. O movimento superaou a expectativa do setor que era de uma expansão entre 10 e 15%. Quase um terço, ou 28% das 33.319 unidades negociadas, refere-se a empreendimentos com um dormitório cuja comercialização, praticamente dobrou, passando de 4.202 para 8.391 imóveis.Mas as unidades de dois dormitórios continuam liderando a expansão de procura, com 14.674 negócios e alta de 14,7%.
De acordo com os dados divulgados hoje (11)/2 pelo Sindicato da Habitação (Secovi), os negócios aumentaram em ritmo maior do que o de lançamentos, que teve alta de 16,4%, mas a procura ficou em sintonia com o total de unidades lançadas no período (3.198). O volume financeiro teve expansão ainda mais significativa, de 30,2%, e movimentação de R$ 19,1 bilhões.
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Na avaliação do presidente do Secovi de São Paulo , Claudio Bernardes, o bom desempenho do setor ajudou a evitar que o país tivesse um Produto Interno Bruto (PIB) - soma dos bens e serviços produzidos no país - ainda menor em 2013.
Segundo defendeu o executivo, o aquecimento e os preços dos imóveis, com cotação média acima de R$ 8 mil por metro quadrado, não embutem a presença de especuladores. São resultado de aquisições do primeiro imóvel, feitas por jovens adultos na faixa de 35 anos, já que existe crédito e taxas de juros baixos.
[SAIBAMAIS];A maioria das vendas no país é para pessoas de 35 anos e 70% dos financiamentos para os que estão adquirindo o primeiro imóvel, e com esse número tão grande, seguramente, não são investidores e nem especuladores com base em uma negociação futura imediata. Isso significa que não tem bolha imobiliária no Brasil;, ressaltou Bernardes. Com base em projeções do Secovi, ele prevê que neste ano haverá estabilidade nos negócios.
O economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, esclareceu que as vendas deverão sofrer algum impacto em razão do ano atípico, com Copa do Mundo e eleições, antecipação de férias e períodos mais prolongados de inatividade dos negócios.;Estamos prevendo vendas e lançamentos de 33 mil unidades, e os financiamentos podem crescer 15%, já que temos estoques a serem ofertados;, disse ele.