postado em 14/02/2014 22:32
O verão deixou o custo de vida mais caro para o brasileiro. Segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), os itens mais consumidos no período, no acumulado de 12 meses, registraram inflação de 8,61%. O percentual é mais elevado que a carestia média registrada em igual base de comparação pelo Índice de Preços ao Consumidor ; Brasil (IPC-Br), atualmente em 5,61%. A alta dos preços foi puxada principalmente por bebidas adquiridas em supermercados, bares, lanchonetes e restaurantes.
A erva mate ficou no topo da lista da carestia, entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 subiu 67,75%. O ranking do preço alto é seguido ainda pelos sucos de fruta, com alta de 13,83%, refrigerantes e água mineral (12,60%) e cervejas e chopp (10,92%), todos consumidos fora de casa. Os protetores de pele ficaram 8,48% mais caros. O preço dos liquidificadores registrou alta de 7,10%; de geladeiras e freezeres, 7,10%; ar condicionado, 3,77%; e ventiladores e circuladores de ar, 2,27%.
André Braz, economista da FGV responsável pela pesquisa, a verão não é o único responsável pela alta de preços. ;Existe uma carga tributária que justifica uma parte desse aumento de preços e uma demanda por produtos e serviços que explica outra parte;, disse.
O segmento de serviços também tem pressionado o bolso do consumidor. A academia de ginástica, em decorrência da preparação para o período, encareceu 6,38% nos últimos 12 meses. O custo do lazer também subiu expressivamente: hotel registrou alta de 8,0%; passagem aérea, 6,75%; e clube de recreação, 5,71%.