"Se a economia continuar se desenvolvendo conforme as previsões, serão adotadas novas reduções a um ritmo comedido", disse o FOMC, segundo as atas publicadas nesta quarta-feira. Também foram debatidas extensamente as cifras do desemprego, principalmente as de dezembro, que mostraram uma criação de emprego medíocre e que os participantes da reunião consideraram decepcionantes e até uma "anomalia".
Eles insistiram na necessidade de considerar outros indicadores do mercado de trabalho, além da taxa de desemprego, como a queda da taxa de participação da população no mercado de trabalho ou a proporção de empregos de tempo parcial.
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A reflexão sobre a situação do mercado de trabalho está ligada à necessidade do Fed de mudar em breve sua mensagem "de orientação de política monetária", muito acompanhada pelos mercados.
Ao cair a 6,6% em janeiro, a taxa de desemprego se aproxima do nível de 6,5% identificado pelo Fed há mais de um ano como o necessário para um eventual aumento das taxas de juros. Alguns membros do FOMC favoreceram um aumento "relativamente em breve" das taxas de juros, atualmente próxima a zero.
O Comitê de política monetária também considerou que a atual volatilidade observada nos mercados emergentes não ameaça a economia mundial. Nas atas da reunião realizada dia 28 e 29 de janeiro, o Fed considera que "os efeitos da recente volatilidade não foram suficientemente fortes para perturbar as perspectivas econômicas desses países e que as repercussões sobre os Estados Unidos serão provavelmente limitadas".
Em uma nota publicada mais cedo, o FMI confirmou suas projeções de janeiro nas quais estima um crescimento mundial de 3,75% em 2014 e de cerca de 4% em 2015, "com a condição de que o impacto da recente volatilidade seja de curta duração".