Economia

Alexandre Tombini só participa do segundo dia de reunião do Copom

No segundo dia da reunião, só há participação dos diretores e do presidente do BC, além do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas, mas esse sem direito a voto

postado em 25/02/2014 12:48
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação, Luiz Awazu Pereira, não participam hoje (25) à tarde da primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê, formado pelos diretores e pelo presidente do BC, é responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. Eles só estarão presentes no segundo dia da reunião, amanhã (26).

No segundo dia da reunião, só há participação dos diretores e do presidente do BC, além do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas, mas esse sem direito a voto

De acordo com a agenda divulgada nesta terça-feira, o diretor e Tombini estarão em deslocamento para Brasília. Segundo a assessoria de imprensa do BC, eles não chegam a tempo de participar da reunião. Os dois participaram ontem (24), em Sydney, na Austrália, da reunião bimestral de presidentes de bancos centrais do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

No final do ano passado, Tombini passou a integrar o conselho de diretores do BIS. Considerado o Banco Central dos bancos centrais, o organismo internacional tem a função de estimular a cooperação entre bancos centrais e outros órgãos que promovem a estabilidade financeira. Além disso, o BIS faz pesquisas e presta vários serviços aos bancos centrais. O BIS foi fundado em 1930 e tem sede em Basileia, na Suíça.

Hoje, no primeiro dia da reunião do Copom, os chefes de departamento apresentam uma análise da conjuntura doméstica, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o mercado de câmbio, as reservas internacionais e o mercado monetário.

[SAIBAMAIS]

No segundo dia da reunião, só há participação dos diretores e do presidente do BC, além do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas, mas esse sem direito a voto. Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para definir a Selic, os diretores e o presidente definem a taxa. Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa. Na quinta-feira da semana seguinte, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.

Na opinião de instituições financeiras consultadas pelo BC, a taxa básica deve subir 0,25 ponto percentual. Em janeiro, a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A previsão do mercado financeiro é que a taxa continue a subir e feche 2014 em 11,25% ao ano. Em 2015, a previsão é que haja novos ajustes na Selic, que deve encerrar o período em 12% ao ano.

No ano passado, como medida para tentar conter a inflação, o Copom elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais.

A Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato e há incentivo à produção e ao consumo. Entretanto, a medida alivia o controle sobre a inflação.

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O Banco Central tem que encontrar equilíbrio ao tomar essa decisão e assim fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta tem como centro 4,5%, mas há uma margem de dois pontos percentuais. Ou seja, para que o limite não seja ultrapassado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido para a meta, tem que fechar o ano em, no máximo, 6,5%.

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