Agência France-Presse
postado em 28/02/2014 14:00
O crescimento da economia norte-americana foi revisado liquidamente em queda no quarto trimestre de 2013, por causa de um consumo menos sólido que o previsto, de acordo com a segunda estimativa do Departamento de Comércio publicada nesta sexta-feira (28/2).O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano se situou em 2,4% de outubro a dezembro, na comparação anual e dados corrigidos de variações sazonais, contra uma primeira estimativa de 3,2%.
A amplitude da revisão (0,8 ponto percentual) surpreendeu os analistas, que, em média, esperavam um crescimento de 2,6%. Esta desaceleração do crescimento econômico no final de 2013 esteve, contudo, precedida por um forte terceiro trimestre (4,1%).
A revisão é explicada primeiramente por um aumento menor que o previsto dos gastos de consumo. Motor principal da expansão econômica norte-americana, o consumo aumentou 2,6% contra 3,3% estimados anteriormente.
A porcentagem é, contudo, maior que a do terceiro trimestre, quando os gastos de consumo subiram apenas 2%.
Outros fatores da revisão para baixo foram a desaceleração da acumulação de reservas e, principalmente, a queda dos gastos do governo, de 5,6%.
Os gastos do governo federal caíram 12,8% durante o quarto trimestre, com os serviços federais parcialmente paralisados em outubro por causa do enfrentamento entre o Congresso e a administração do presidente Barack Obama sobre os cortes orçamentários.
As exportações aumentaram menos que o estimado antes: subiram 9,4% (contra 11,4% na primeira avaliação), embora tenham superado liquidamente às do trimestre anterior (3,9%).
As importações, que reduzem o PIB, aumentaram mais que o previsto (%2b1,5% contra %2b0,9% na primeira estimativa).
Do lado das boas notícias, o aumento dos investimentos foi mais forte que o previsto inicialmente (4,5% ao invés de 3,4%), embora se situando liquidamente abaixo do desempenho dos trimestres anteriores.
Em todo o ano de 2013, o crescimento norte-americano se situou em 1,9%, em desaceleração em relação a 2012 (2,8%).