Economia

Brasil deve tomar dos EUA o posto de maior produtor de soja

A única barreira até o topo do pódio é o prolongamento das chuvas no cerrado

postado em 08/03/2014 06:09

A única barreira até o topo do pódio é o prolongamento das chuvas no cerrado

Os eventos climáticos extremos dos últimos meses ; como chuvas torrenciais e secas prolongadas ; ameaçam adiar, novamente, a conquista pelo Brasil da liderança mundial na produção de soja. Os sojicultores nacionais apostaram alto na safra 2013-2014, ampliando a área de plantio em mais um milhão de hectares, a maior parte no Mato Grosso. Mas a meta de colher a marca histórica de 90 milhões de toneladas está sendo desafiada há meses pelo mau tempo. ;O clima já derrubou os ganhos de produtividade na temporada atual, sem falar da escassez de infraestrutura para escoar os grãos;, lamentou Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja).

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Segundo ele, esse cenário já está deixando operadores do mercado da commodity nervosos. Enquanto as estatísticas continuam sendo revisadas e os especuladores interferem nas cotações, o movimento das colheitadeiras se intensifica no campo para evitar novas surpresas que resultem em quebras na safra e, ainda, garantir um novo recorde, entre 86 milhões e 87 milhões de toneladas. Para isso, continua valendo a expectativa de um ganho de eficiência em relação à última safra, de três para 3,15 toneladas por hectare. ;Isso garantia mais 3 milhões de toneladas apenas do Mato Grosso;, observou.

A nova previsão permitiria, em tese, o país ultrapassar, enfim, a safra norte-americana da oleaginosa, estimada em 83 milhões de toneladas. Na safra 2012/2013, encerrada em julho do ano passado, o Brasil quase tornou-se o maior produtor mundial. Mas as perdas provocadas pela seca no Nordeste e pelo excesso de chuvas no Sul acabaram derrubando a produção nacional para 81,4 milhões de toneladas ; apenas 0,7% menor que a dos Estados Unidos.

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