postado em 09/03/2014 06:04
Em ano de Copa do Mundo, com dezenas de feriados adicionais no calendário, os impasses trabalhistas entre lojistas e funcionários, que recebem esses dias em dobro, além de benefícios extras, devem ser acirrados. A questão é particularmente complicada dentro dos shopping centers: muitas vezes, os contratos obrigam as lojas a abrirem normalmente nos feriados, quando o movimento é maior. Como os comerciantes não querem arcar com as despesas adicionais com os trabalhadores, acabam ocorrendo desrespeitos às leis e aos acordos trabalhistas.;Os shoppings não se importam com a questão porque os contratos deles são com os lojistas, não com os funcionários. Os comerciantes têm acordo com os trabalhadores;, explica o advogado trabalhista Renato Bertani, do Sindicato dos Comerciários de Campinas, Paulínia e Valinhos (Seccamp), em São Paulo.
Nos outlets, que vendem produtos de ponta de estoque a preços menores, a situação é ainda pior. Como ficam afastados dos centros urbanos, priorizam a abertura nos feriados e fins de semana para aproveitar o movimento das rodovias. No Outlet Premium Brasília, em Alexânia (GO), a cerca de 80 quilômetros da capital federal, um impasse entre lojistas e funcionários coloca em risco os direitos de cerca de mil trabalhadores que atuam no local. Apesar de uma convenção coletiva determinar que o shopping não deve abrir em certos feriados, muitas lojas insistem em ficar de portas abertas irregularmente.
A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.