postado em 12/03/2014 20:12
Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaborái, região metropolitana do Rio, decidiram em assembleia nesta quarta-feira (12/3) manter a greve, iniciada há 34 dias. Uma comissão de greve, dissidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo e Região (Sinticon) informou que o sindicato encaminhou a proposta de fim da paralisação, mas os trabalhadores se recusaram a voltar ao trabalho. Pela manhã, milhares de pessoas do movimento de greve fizeram um ato na Rodovia RJ-116 e interditaram a via.Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 11,5% e elevação do vale-alimentação para R$ 450 mensal. Os empregadores oferecem aumento linear de 7%. A assessoria do Sinticon não foi encontrada pela Agência Brasil até o fechamento da matéria para comentar o assunto.
A greve dos trabalhadores do Comperj foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho no dia 28 de fevereiro, determinando a volta imediata ao trabalho e a multa diária pelo descumprimento é R$ 10 mil.
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De acordo com o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Sindemon) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), a paralisação da obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) não é legítima e que não há no Comperj irregularidades que justifiquem o movimento grevista. Ainda segundo os empregadores, as negociações continuam com o Sinticom, representante legal dos cerca de 28 mil trabalhadores do Comperj.
A greve tem sido marcada por violência e tensão na região. Na semana passada, um ônibus com funcionários do Comperj foi incendiado, após o veículo ser esvaziado por dois homens em uma moto . No início de fevereiro, dois trabalhadores que protestavam foram baleados e um deles continua hospitalizado.
O Comperj será o maior complexo industrial do país e deve produzir derivados de petróleo e produtos petroquímicos, com capacidade de processamento de 165 mil barris de óleo por dia. A previsão, antes da greve, era que as obras estariam concluídas em 2017.