postado em 13/03/2014 14:50
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu, há pouco, em Brasília, a representação da agência de classificação de risco Standard & Poors. Esse tipo de agência fornece indicadores que ajudam os clientes a decidir como e onde colocar seus investimentos. Os representantes da Standard & Poors, entretanto, saíram sem falar com a imprensa.Leia mais notícias em Economia
Em 2011, a Standard & Poor;s elevou a nota de risco soberano do Brasil em moeda estrangeira, de BBB- para BBB. No ano passado, o país passou a ser indicado pela agência com perspectiva negativa.
Na ocasição, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, tentou minimizar os impactos da indicação da Standard & Poors e destacou que a agência tinha um processo de dois anos de avaliação. ;Nesse intervalo de tempo, conseguiremos demonstrar com muita tranquilidade que o crescimento brasileiro segue firme e que os investimentos seguem bem;, Holland.
O governo tem procurado demonstrar que tem as rédeas da situação fiscal. No mês passado,os ministérios do Planejamento e da Fazenda anunciaram meta de superávit primário para o governo de 1,9% PIB, em 2014, distribuída da seguinte forma: 1,55% proveniente do governo federal e 0,35% dos governos regionais, com suas estatais. Durante o anúncio, Mantega garantiu que o governo contribuirá com excedente para alcançar superávit primário.
[SAIBAMAIS]Chefiada pela economista Lisa Schineller, a delegação da Standard & Poors esteve, também nesta quinta-feira, no Banco Central para ver os números da economia brasileira. Na saída, nenhum dos integrantes da comitiva quis fala. Apenas Lisa Schineller disse, em inglês, aos jornalistas: ;No comments [nenhum comentário]".
Nesta sexta-feira (14/3), os técnicos continuam no Brasil, para levantar mais dados, e podem ir ao Rio na próxima segunda-feira (17) para coletar dados de estatais. O Ministério da Fazenda e a agência não divulgaram a agenda dos representantes da Standard & Poors no Brasil.