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Economia

Tombini: não há vulnerabilidade de emergentes em transição econômica

Presidente lembrou que, com a crise econômica internacional, alguns países, baixaram os juros até o limite e depois começaram a injetar recursos na economia com a compra de ativos

Os países emergentes, como o Brasil, não estão vulneráveis no atual processo de transição da economia global, avaliou nesta terça-feira (18/3) o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

[SAIBAMAIS]Tombini lembrou que, com a crise econômica internacional, alguns países, entre eles os Estados Unidos, baixaram os juros até o limite e depois começaram a injetar recursos na economia com a compra de ativos. Com isso, disse ele, uma parte ;relevante; desses recursos veio para países emergentes como o Brasil.

Segundo o presidente do BC, foram adotadas medidas para desacelerar o ingresso desses recursos no país, porque se sabia que essa entrada era extraordinária e temporária.

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Atualmente, esse processo de estímulos à economia adotado pelos Estados Unidos está sendo revertido. Com a diminuição das injeções monetárias, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo. ;Esse processo de normalização das condições monetárias e, suas consequências, não deve ser confundido com vulnerabilidade ou fragilidade generalizada das econômicas emergentes;, disse.

No mês passado, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, divulgou um relatório em que apontava o Brasil como o segundo país, entre os emergentes, mais vulnerável ao impacto da redução dos estímulos nos Estados Unidos, em função da recuperação da economia americana.