Economia

Governo faz reunião para discutir mudança de padrão contábil de empresa

Pela manhã, líderes da base estiveram reunidos durante três horas com o ministro, na tentativa de entender a MP, considerada por muitos de difícil compreensão

postado em 20/03/2014 15:26
Uma nova reunião foi marcada para esta tarde, no gabinete da Vice-Presidência da República, com o objetivo de esclarecer detalhes da Medida Provisória (MP) 627, que impõe um novo padrão contábil no Brasil e, entre outros pontos, estabelece a cobrança de imposto sobre lucro das empresas no exterior. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa do encontro, marcado para as 14h30.

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Pela manhã, líderes da base estiveram reunidos durante três horas com o ministro, na tentativa de entender a MP, considerada por muitos de difícil compreensão. O relator da matéria, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não compareceu ao encontro, que não teve a presença de nenhum peemedebista. Cunha deve participar do encontro desta tarde, segundo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Uma reunião está prevista também para segunda-feira (24), quando assessores de bancadas deverão ouvir dos técnicos do Ministério da Fazenda detalhes da MP 627. ;Com um tema árido, difícil, esse encontro vai dar mais uma oportunidade de cada bancada conhecer mais profundamente o assunto;, destacou Chinaglia.

[SAIBAMAIS]A expectativa é que o texto seja votado na comissão especial que trata do assunto na terça-feira (25). ;Acredito que a tendência é votar na terça-feira na comissão. Foi o que ouvi;, disse o líder do governo. Segundo ele, o prazo para a MP caducar é 21 de abril. Chinaglia destacou ainda que está convencido de que a medida provisória vai combater a fuga de capital do país para paraísos fiscais.

Ao deixar o encontro, o líder falou também sobre a possibilidade de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as operações que culminaram na compra da Refinaria de Pasedena, nos Estados Unidos, pela Petrobras à época em que a presidenta Dilma Rousseff era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da estatal brasileira. Chinaglia disse que é legítimo qualquer parlamentar pensar em iniciativas próprias do Legislativo, como a de investigar atos do Executivo. Mas disse que chama a atenção o fato de não haver o mesmo empenho, por parte da oposição, no sentido de investigar as denúncias de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo.

;Eu nunca vi a oposição defender na Assembleia de São Paulo, onde é maioria, uma CPI para investigar os seus malfeitos. Eu também sou obrigado a dizer que essas propostas têm endereço certo. Outro exemplo é o Orçamento Impositivo. Houve muito discurso dizendo que isso fortalece o Legislativo, eu concordo. Mas muitos que fizeram esse discursos evitaram incluir isso nas câmaras municipais, incluindo as das cidades com mais de 200 mil habitantes, e nas assembleias em seus estados. Está longe de ser coerente a oposição.;

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