Economia

Conselho Monetário aprova financiamentos para setor sucroalcooleiro

Objetivo é estabilizar a oferta e combater a volatilidade do preço do produto

postado em 27/03/2014 20:55
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira (27/3) as condições de políticas governamentais para o setor sucroalcooleiro, em 2014. Uma das decisões do colegiado estabelece as regras para financiamento da estocagem de etanol combustível. A linha, que pode ser contratada por usinas, destilarias, cooperativas, empresas vendedoras de etanol e distribuidoras de combustíveis tem R$ 2 bilhões disponíveis.

O objetivo é estabilizar a oferta e combater a volatilidade do preço do produto. No ano passado, o CMN aprovou liberação de crédito com o mesmo objetivo. A dívida será corrigida pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), acrescida de 2,7 pontos percentuais ao ano. O pagamento deverá acontecer em três prestações mensais, a partir de maio próximo.

[SAIBAMAIS]A contratação do financiamento estará disponível de 1; de maio a 30 de novembro, nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, nos estados do Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins e nos municípios baianos de Juazeiro e Medeiros Neto. De 1; de setembro a 28 de fevereiro de 2015, terão acesso ao financiamento: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e demais cidades da Bahia.



Outra medida do CMN determinou as condições para o Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais. O programa, que existe nas versões rural e industrial, tem recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e concede financiamentos para renovação de canaviais antigos e ampliação de área plantada.

A versão rural é destinada a produtores e cooperativas, enquanto a industrial atende pessoas jurídicas ligadas ao plantio de cana de açúcar, como usinas e destilarias. Segundo o governo, o objetivo é ;atender à crescente demanda por etanol combustível;. Em função da estiagem, muitos canaviais ficaram afetados, necessitando de recuperação.

Os financiamentos no âmbito do programa também serão corrigidos pela TJLP, acrescida de 2,7 pontos percentuais ao ano. O prazo de pagamento é até 72 meses, com possibilidade de carência de 18 meses. Os recursos disponíveis para os empréstimos somam R$ 3 bilhões, sendo R$ 300 milhões para produtores rurais e cooperativas e R$ 2,7 bilhões para pessoas jurídicas.

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