postado em 02/04/2014 10:06
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o rebaixamento da economia brasileira pela agência de classificação de risco Standard (S) não trouxe nenhum efeito para o país. Segundo ele, na semana em que houve ;esse suposto rebaixamento;, a bolsa subiu, os juros caíram no mercado futuro e o real se valorizou frente ao dólar. O chefe da pasta deu entrevista no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta manhã.;Essa nota foi totalmente descartada pelos mercados, ninguém olhou para isso. Os investidores externos estão entrando;, afirmou. ;Essa agência de rating foi aquela que rebaixou os Estados Unidos há alguns anos. Também não deu em nada;, completou. Ele completou ainda que a desconfiança externa é em relação a todos os emergentes e não somente com o Brasil.
Mantega confirmou ainda que deve ser anunciado, nos próximos dias, um novo reajuste na energia elétrica. O aumento deve variar de acordo com a empresa. ;Nós teremos sim algum ajuste maior na energia elétrica por causa do regime de secas. Um pouco desse aumento deve passar para o consumidor, mas nós estamos mitigando isso, o governo federal está passando imediatamente R$ 4 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE);, afirmou.
[SAIBAMAIS]O ministro cita a seca também para explicar o aumento da inflação em certos setores, como os alimentos, mas garante que o governo mantém a inflação sob controle. ;Quando digo que governo controla a inflação, isso significa não deixar passar do limite. Mas é claro que existe elevação todo ano, a questão é não deixar ultrapassar determinados limites;, comentou. ;Nós nunca passamos dos 6,5%, dentro da meta estabelecida. É claro que tem fatores sazonais como, neste ano, a seca. Você tem o tomate, a batata, que neste momento está subindo um pouco, mas é passageiro;, completou.
Críticas
Ele rebate ainda o argumento de que a política de estímulo ao consumo do governo estaria esgotada, segundo acreditam alguns economistas. Mantega afirmou que a atual política econômica prioriza o investimento, que cresceu mais do que o consumo no ano passado (6,5% frente cerca de 3%).