Economia

MPF acusa empresa canadense de venda ilegal de prata em MG

Empresa canadense instalada no noroeste de Minas Gerais teria extraído 42 toneladas do minério sem autorização do governo, entre os anos 1998 e 2010

postado em 05/04/2014 06:04
Procurador pede à Justiça que investigue as atividades da outrora Rio Paracatu Mineração e do DNPM

O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação civil pública contra a mineradora canadense Kinross Brasil, que atua em Paracatu (MG), por danos causados ao patrimônio público e ao meio ambiente na extração ilegal de prata. Segundo o órgão, de 1998 a 2010, a empresa explorou e vendeu, sem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), 42 toneladas do minério no local, gerando prejuízo de R$ 57,2 milhões à União.

Além disso, nesse período, e mesmo depois de obter a licença para a exploração, em 2010, a empresa operou sem outorga ambiental, sustentou o procurador José Ricardo Teixeira Alves. O MPF também vai pedir à Justiça a suspensão das atividades da Kinross até a apresentação do licenciamento ambiental para a extração da prata. A ação também pede que a Kinross Brasil seja condenada por dano moral coletivo. O MPF requisitou, ainda, a instauração de inquérito policial para apurar quais foram os diretores responsáveis pelas condutas criminosas e se eles agiram de forma dolosa. A conduta do DNPM também será investigada.

Em nota, a empresa canadense informou que a presença de prata como subproduto da produção de ouro foi relatada nos relatórios anuais de Lavra e nos Planos de Aproveitamento Econômico desde o início de suas atividades. Diz ainda que tem ;licença ambiental para realizar lavra a céu aberto com tratamento a úmido;.

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