Jornal Correio Braziliense

Economia

Seguros temem perder espaço no mercado por resseguros e agência do governo

Representantes do mercado de seguros e resseguros estão apreensivos com o poder dado à Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF)



Em entrevista coletiva, o presidente da Fenaber avaliou o mercado de resseguro. ;O mercado saiu de 3,8 bilhões em 2008 para 7,3 bilhões ano passado. O Pré-sal vem aí e é onde podemos atuar ainda mais com o risco de engenharia e riscos patrimoniais;, ressaltou Paulo Pereira. O mercado de resseguro surgiu em 2008. Das 115 resseguradoras que atuam no mercado hoje, comentou Pereira, parte delas pode acabar. ;Os resseguros considerados como ;não principais; são fundamentais para baixar os preços e aumentar a concorrência, mas podem sumir com o tempo;, disse.

Além do impasse entre o setor de seguros e a ABGF, o crescente aumento das resseguradoras também assusta as instituições que operam seguros. Para João Botelho, especialista em seguros do banco Itaú, ;o grande divisor de águas, com o surgimento dos resseguros, é como tratar o risco de crédito;, comentou. O risco de subscrição, o incremento de capital alocado e a falta de pessoas qualificadas são outros grandes desafios do setor, após o surgimento de 115 resseguradoras. ;Estamos a cinco anos estudando cada um desses componentes. A gente já avançou muito, mas ainda não finalizamos um modelo para que, de fato, possamos aplicar;, disse Botelho.

A seguradora Itaú opera com riscos indústriais, risco de negócio e garantia estendida. ;Esse setor gerou uma receita de 11 bilhões ano passado e um lucro de 1,5 bilhão. A maior parte veio dos riscos industriais;, afirmou João Botelho.

O jornalista viajou a convite da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).