Antonio Temóteo
postado em 10/04/2014 06:01
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deu um salto de 0,92% em março e superou as expectativas mais pessimistas dos analistas de mercado, que apostavam em uma elevação de 0,89%. É o pior indicador para o mês em 11 anos. Puxada pela forte elevação dos alimentos e do custo dos transportes, a inflação acumulada em 12 meses passou de 5,68%, em fevereiro, para 6,15%, encostando no limite de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5% ao ano.
A aceleração do custo de vida aumentou a preocupação de analistas, investidores e governo com a saúde da economia, uma vez que, em apenas três meses, o IPCA acumula uma alta de 2,18%, quase a metade do centro da meta, de 4,5%. Divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados transmitem outro sinal inquietante: de cada 10 itens e serviços pesquisados, sete tiveram alta. Ou seja, a carestia é generalizada. Além disso, dos nove grupos de produtos monitorados, seis já ostentam, em 12 meses, aumento anual acima do teto.
A situação só não foi pior porque os preços controlados pelo governo subiram 3,4%, bem abaixo dos 7,14% dos produtos livremente comercializados. Em algum momento, porém, itens como gasolina e energia elétrica, que estão artificialmente represados, precisarão ser reajustados, o que pressionará ainda mais a inflação.
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