Antonio Temóteo
postado em 15/04/2014 08:35
Responsáveis por evitar o racionamento de energia no país em tempos de estiagem e reservatórios vazio, as usinas termelétricas podem dar dor de cabeça ao governo. A partir de setembro, período de seca na maioria do país, as térmicas movidas a óleo iniciarão um processo de manutenção que estava previsto para ocorrer somente a partir de 2016. A antecipação no calendário se deve ao fato de as companhias estarem operando no limite.
Caso esse cenário se concretize e os reservatórios ainda estejam vazios, o sistema de geração de energia ficará ainda mais vulnerável a um racionamento em um período próximo das eleições de outubro. Essa possibilidade já tira o sono de auxiliares da presidente da República, Dilma Rousseff, que temem uma perda significativa de votos no caso de um apagão acontecer. Mesmo com a necessidade de revisões nas máquinas, há uma pressão grande para que o cronograma seja adiado.
A dependência das térmicas tem aumentado desde 2012. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o governo autorizou esta semana o acionamento de 17.609 megawatts de geração termelétrica. Procurada, a Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) não quis comentar o assunto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou apenas que esse é um "procedimento operativo" das usinas. O ONS disse não ter informações sobre o assunto, e o Ministério de Minas e Energia não se manifestou até o fechamento desta edição.
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