postado em 16/04/2014 12:55
A economia mundial está em recuperação gradual, mas esse processo não é homogêneo em todos os países e há fragilidades. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (16/4) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em palestra sobre as perspectivas para a economia brasileira em 2014, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
[SAIBAMAIS]Tombini citou riscos deflacionários, em alguns países, como o Japão, e questionamentos sobre o sistema financeiro e a qualidade de ativos na Europa. O presidente do BC também avaliou que a China tem crescido a taxas próximas do previsto pelas autoridades do país, e há ;um movimento deliberado; de adaptar o movimento de expansão, com aumento do consumo interno e estímulo ao setor de serviços.
O presidente do BC também lembrou que o anúncio dos Estados Unidos, no ano passado, de retirada de estímulos à economia levou à desvalorização das moedas de países emergentes em relação ao dólar, como ocorreu no Brasil. Com a diminuição das injeções monetárias, o volume de dólares em circulação caiu, aumentando o preço da moeda em todo o mundo. Mas Tombini voltou a dizer que essas oscilações de preços de ativos, como o câmbio, não podem ser confundidas com fragilidade.
De acordo com dados apresentados pelo presidente do BC, o real se desvalorizou ante o dólar em 15,1%, no ano passado. Já neste ano, até o dia 15 de março, houve valorização de 5,5%. "As condições maacroeconômicas e monetárias devem ser de acomodação nos próximos meses. Isso é bom para o Brasil, nos dá um certo tempo nesse período de transição", acrescentou.
De acordo com Tombini, o Brasil tem atuado, nesta nova fase da economia mundial, ;de uma maneira, clássica, robusta e técnica;. Segundo ele, esse não é um quadro de economia frágil, mas resistente.