Simone Kafruni
postado em 25/04/2014 08:00
O governo agiu em todas as frentes, nessa quinta-feira (24/4), para estancar a sangria no setor elétrico, causada pela debandada de três conselheiros da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). E aposta todas as suas fichas no contrato bilionário de empréstimo às distribuidoras para dar o caso por encerrado. Marcada para hoje, a assinatura do financiamento de R$ 11,2 bilhões envolve a entidade, que não tem patrimônio nem garantia para lastrear a operação, e um grupo de 13 bancos.[SAIBAMAIS]O medo de sofrer ações judiciais fez com que Luciano Freire, Paulo Born e Ricardo Lima, três dos cinco conselheiros da Câmara, renunciassem aos cargos e a um salário mensal de R$ 50 mil às vésperas da assinatura do contrato. Como a CCEE não tem capital próprio nem pode oferecer garantias para esses empréstimos, a promessa é de que a criação de um encargo e o reajuste nas contas de luz de todos os consumidores brasileiros, em 2015, possam assegurar o pagamento do financiamento.
Temerosos sobre a viabilidade da operação, a maioria dos bancos elencados para financiar o setor preferiu não se manisfestar sobre o assunto. Durante a divulgação do balanço do Bradesco, o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, foi questionado pelo Correio sobre quanto dos R$ 11,2 bilhões seria emprestado pelo banco e qual a classificação de risco para a operação.
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