Antonio Temóteo
postado em 26/04/2014 07:10
Além de não cumprir a promessa de baixar a conta de luz em 20% na média, anunciada em 2012, o governo Dilma Rousseff deixará para o próximo governo a obrigação de repassar ao bolso dos consumidores um reajuste médio acumulado das tarifas de 83,4% até 2018. Estudo da consultoria Safira Energia mostrou que esse aumento não reflete só os gastos extras com o acionamento prolongado e generalizado das termelétricas. O cálculo também leva em conta o empréstimo de R$ 11,2 bilhões que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tomou ontem para socorrer as distribuidoras e que será arcado pelos clientes delas a partir de 2015.
O diretor de regulação da Safira, Fábio Cuberos, explicou que o cálculo ainda contemplou um reajuste médio anual de 7,5% já previsto pelas distribuidoras. O aporte de R$ 9 bilhões previsto no Orçamento deste ano pelo Tesouro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por exemplo, terá um impacto de 4,6% na conta de luz. Outros R$ 4 bilhões aportados não previstos também representam empréstimos federais às concessionárias, a serem ressarcidos ao longo de cinco anos e que terão de ser cobertos pela tarifa.
Para Cuberos, a explosão do valor da eletricidade é resultado de erros sucessivos do governo na condução da política energética. O primeiro equívoco foi o de não dialogar com o setor antes de renovar as concessões de geração e transmissão. Com a severa estiagem deste ano, o preço da energia no mercado livre disparou, alcançado o recorde de R$ 822,33 o megawatt/hora (MWh), em vigor desde fevererio, contaminado pelas térmicas, além de as distribuidoras estarem pressionadas com o fato de não terem à disposição contratos de longo prazo para cobrir uma demanda de 3,2 mil megawatts (MW).
O diretor de regulação da Safira, Fábio Cuberos, explicou que o cálculo ainda contemplou um reajuste médio anual de 7,5% já previsto pelas distribuidoras. O aporte de R$ 9 bilhões previsto no Orçamento deste ano pelo Tesouro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por exemplo, terá um impacto de 4,6% na conta de luz. Outros R$ 4 bilhões aportados não previstos também representam empréstimos federais às concessionárias, a serem ressarcidos ao longo de cinco anos e que terão de ser cobertos pela tarifa.
Para Cuberos, a explosão do valor da eletricidade é resultado de erros sucessivos do governo na condução da política energética. O primeiro equívoco foi o de não dialogar com o setor antes de renovar as concessões de geração e transmissão. Com a severa estiagem deste ano, o preço da energia no mercado livre disparou, alcançado o recorde de R$ 822,33 o megawatt/hora (MWh), em vigor desde fevererio, contaminado pelas térmicas, além de as distribuidoras estarem pressionadas com o fato de não terem à disposição contratos de longo prazo para cobrir uma demanda de 3,2 mil megawatts (MW).
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