Pedro Rocha Franco
postado em 28/04/2014 08:27
A concessão de cinco dos seus seis maiores aeroportos - Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Brasília, Confins (MG) e Campinas (SP), pela ordem - deixou a Infraero sem uma rota segura para o futuro. As privatizações iniciadas em 2012 tiraram das mãos da estatal 44,23% do movimento de passageiros sob seu domínio e, por tabela, reduziu drasticamente as suas receitas e a sua capacidade de investir nos 60 terminais que restaram sob o seu comando.
Com caixa insuficiente para tocar o seu orçamento e ainda pressionada, como sócia minoritária (49%) dos novos concessionários, pelas obras de expansão dos aeroportos concedidos, a empresa tornou-se ainda mais dependente dos repasses da União, tendo então que cortar funcionários e serviços terceirizados. Sua receita bruta com ganhos operacionais e comerciais encerrou 2012 em R$ 4,36 bilhões. No ano seguinte, com as concessões de Guarulhos, Brasília e Viracopos, o valor caiu para R$ 3,09 bilhões, 29,13% a menos.
Com essa perda, a Infraero fechou 2012 com lucro de R$ 114,6 milhões e com prejuízo de R$ 2,65 bilhões no ano passado. Essa sangria tende a se agravar em 2014, com a transferência de Confins e Galeão a partir de agosto. Sem outra forma de capitalização, a estatal depende cada vez mais dos recursos do Tesouro, além dos financiamentos do BNDES. Ano passado, R$ 2,2 bilhões foram transferidos do caixa federal.
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