Jornal Correio Braziliense

Economia

Desemprego atinge níveis baixos, mas economistas apontam futuras mudanças

Nível de desemprego está entre os mais baixos da história, mas o mercado já mostra arrefecimento. Para empresários, seguidas altas de salários reduziram lucro e competitividade, o que também limita o avanço do Produto Interno Bruto



;Em encontros internacionais, somos a vedete. O governo do Japão está fazendo um estudo, vai mandar técnicos agora em maio, para entender como um país com um PIB que cresce pouco, como o nosso, consegue ter pleno emprego. É um negócio que as pessoas que não estão no meio não entendem;, afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias. ;Poucos países estão criando vagas com o Brasil;, atestou o economista Marcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da Fundação Perseu Abramo, do PT.

Graças a esse desempenho, a renda salarial vem crescendo também a níveis mais altos do que em outros países (veja quadro). Para alguns economistas, porém, o descompasso entre o desempenho do mercado de trabalho e do restante da economia é insustentável. ;Os salários não podem crescer mais do que a produtividade por longo período;, sentenciou o gerente executivo de Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Roberto da Fonseca. ;As empresas não demitem porque não querem perder empregados mais qualificados. Mas chegará o dia que não terão mais como segurá-los.;

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