Jornal Correio Braziliense

Economia

Segundo Fed, economia americana recupera a saúde após rigoroso inverno

Presidente do Federal Reserve contou que, no segundo quadrimestre, a economia está no caminho certo, no sentido de um "crescimento sólido"



Após pequenas oscilações, o dólar valorizou-se, a 1,3925 em relação ao euro. O rendimento dos títulos do Tesouro a dez anos foi ligeiramente inferior aos 2,58%, enquanto o S 500 teve alta de 0,2%.

[SAIBAMAIS]Yellen explicou que os índices de crescimento destes primeiros quatro meses do ano resultam, sobretudo, de fatores transitórios, "incluindo os efeitos de um atípico inverno rigoroso". "Com um inverno rigoroso nos deixando, muitos indicadores recentes sugerem que uma recuperação nos gastos e na produção já está em andamento", observou.

Para Yellen, as condições do mercado melhoraram "sensivelmente", embora ainda estejam "longe do satisfatório", apesar da queda de 6,3% do índice de desemprego no mês passado. Insistindo na preocupação manifestada desde que assumiu a presidência do Federal Reserve, em fevereiro, Yellen ressaltou os níveis ainda altos de desemprego de longo prazo e dos empregos de meio período, em lugar de empregos em horário integral.

"Nós nunca observamos uma situação em que o desemprego de longo prazo fosse tão alto e em uma proporção tão alta do total de desempregados", desabafou.

Crescimento um pouco mais rápido

Yellen disse que espera que a atividade econômica cresça "um pouco mais rápido" neste ano em comparação com o ano passado, ajudada por menos brigas relacionadas aos gastos do governo, pela melhora no setor imobiliário e pelo firme crescimento global.

Ela deixou claro que a política monetária do FED - com taxas muito baixas de juros e pouco estímulo para a compra de títulos - ainda é apropriada e que os formuladores de política não preveem aumento das taxas de juros até meados de 2015.

Yellen reiterou que, para o Fed, a inflação continua baixa e que, em um futuro próximo, não deve alcançar a marca dos 2%.

A preocupação do Fed parece estar mais voltada para as possibilidade de bolha nos mercados, embora tenha argumentado que as avaliações de ações e imóveis "mantêm-se dentro das margens históricas".

A presidente do Fed também ressaltou que o sistema bancário, que chegou perto de implodir na crise financeira de 2008, está mais forte com as regulações de capital.