Jornal Correio Braziliense

Economia

Cinco dos 13 lotes leiloados para linhas de transmissão não têm vencedores

O lote A, que oferecia três linhas de transmissão e duas subestações no Pará, teve cinco interessados, mas nenhum apresentou propostas

Cinco dos 13 lotes disponibilizados nesta sexta-feira (9/5), em leilão, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não tiveram vencedores. Foram arrematados oito lotes da licitação para contratação de linhas de transmissão e subestações, localizadas no Pará, Amazonas, em São Paulo, na Bahia, no Ceará, Rio Grande do Norte, em Minas Gerais e no Paraná. Dois lotes não apresentaram deságio e foram arrematados pelo valor de referência máximo. O prazo para conclusão das obras é 24 a 43 meses, e a duração dos contratos de concessão alcança 30 anos.

O maior deságio (36,09%) ocorreu no lote D, que ofertou duas linhas de transmissão e duas subestações na Bahia. O proponente Cymi Holding venceu com o lance de R$ 45,569 milhões. As empresas Alupar e Transmissora Aliança de Energia Elétrica apresentaram propostas com valores superiores, de R$ 71.312.950,00 e R$ 64.787.815,08, respectivamente, enquanto a Receita Anual Permitida de Referência (RAP) máxima era R$ 71.312.950,00.

A Cymi também venceu outro lote com o segundo maior deságio - quatro linhas de transmissão, no Ceará e no Rio Grande do Norte, que formaram o lote E, arrematado por R$ 48,835 milhões por ano, uma redução de 23,24% do valor inicial. A Alupar Investimentos também apresentou proposta, mas no valor máximo, sem deságio. O deságio é a diferença entre o valor máximo fixado pelo edital e o da proposta feita pela empresa.

Os cinco lotes sem vencedores foram o A, H, I, J e L. O lote A, que oferecia três linhas de transmissão e duas subestações no Pará, teve cinco interessados, mas nenhum apresentou propostas. A RAP máxima era R$ 38.745.780,00/ano. Também no Pará, o lote H, referente três linhas de transmissão e uma subestação, também não teve vencedores. O valor máximo era R$ R$ 33.591.630,00.

No lote I, seis proponentes recusaram a RAP de R$ 21.652.470,00. Estavam disponíveis uma linha de transmissão e três subestações em Mato Grosso. Uma linha de transmissão no Maranhão e no Piauí, ofertadas no lote J, também não teve vencedores. As quatro empresas habilitadas não apresentaram proposta válida. O valor máximo era R$ 5.516.700,00. Entre os três proponentes habilitados para o lote L, que disponibilizou duas linhas de transmissão e uma subestação em Minas Gerais, nenhuma apresentou proposta. A RAP era R$ R$ 15.312.180,00.

O lote B, com duas linhas de transmissão e quatro subestações no Pará e Amazonas, teve quatro proponentes, mas a disputa pelo lote ocorreu entre a Abengoa Construção do Brasil Ltda. e a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A (Eletronorte). O valor máximo inicial era R$ R$ 102.161.430,00. Após oito lances, a Abengoa venceu com o valor de R$ 92,531 milhões por ano, o que representa um deságio de 9,42%.



Essa empresa também arrematou o lote G, referente a duas linhas de transmissão e duas subestações no Pará, com o valor de R$ 36,499 milhões/ano. Como o RAP máximo era R$ 36.867.820,00, o deságio chegou a 1%.

A Alupar Investimentos venceu com apenas um lance o lote C, que ofertou uma linha de transmissão e duas subestações em São Paulo por R$ 28,865 milhões/ano, um deságio de 4,99%. A RAP anual máxima era de R$30.383.460,00. As outras duas proponentes não manifestaram interesse no lote.

O lote F foi vencido com apenas um lance do Consórcio Cantareira por R$ 76,935 milhões/ano para uma linha de transmissão nos estados de Minas Gerais e São Paulo. O valor representa um pequeno deságio, pois a oferta inicial foi R$ 76.938.570,00. As outras três proponentes não apresentaram proposta.

A Copel Geração e Transmissão levou uma linha de transmissão e uma subestação no Paraná com um lance único de R$ 5,545 milhões. A oferta não teve redução em relação à oferta máxima do lote K.