postado em 13/05/2014 12:17
A retração de 1,9% no nível do emprego industrial em março deste ano, frente a março do ano passado, reflete a redução no contingente de trabalhadores em dez dos 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo ; o maior parque fabril do país, que exerceu o principal impacto negativo na taxa global ao recuar 2,8%, pressionado pela redução de pessoal em 13 das 18 atividades da Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário.[SAIBAMAIS]Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os destaques em São Paulo ficaram com as indústrias de produtos de metal (-12,4%), máquinas e equipamentos (-7,8%), calçados e couro (-12,3%), produtos têxteis (-6,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-9,5%). O recúo de 2% no índice acumulado do primeiro trimestre deste ano no emprego industrial mostra taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 14 dos 18 setores investigados. São Paulo (-3,1%) registrou o principal impacto negativo, seguido pelo Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais.
Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-6,2%), calçados e couro (-7,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%), produtos têxteis (-4,6%), meios de transporte (-2,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,1%). Os principais impactos positivos foram em alimentos e bebidas (1,5%) e produtos químicos (2,2%).
Sobre o pagamento aos trabalhadores, a pesquisa do IBGE revela que o valor da folha de pagamento real caiu 2,1% em março, na comparação com fevereiro. Na comparação trimestral, o valor da folha cresceu 0,5% no período janeiro-março de 2014, em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com março de 2013, o valor da folha de pagamento real cresceu 0,5% em março deste ano - terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, com resultados positivos em nove dos 14 locais investigados.
O número de horas pagas na indústria brasileira registrou queda de 0,3% em março deste ano, em relação a fevereiro. Na comparação trimestral, o número de horas pagas na indústria no primeiro trimestre deste ano acumula variação negativa de 0,4%, ante o registrado no período de janeiro a março de 2013.