Economia

Mantega sobre a economia mundial: as perspectivas são de melhora gradual

O ministro voltou a criticar os pessimistas que alertaram para o aumento do risco das nações em desenvolvimento no ano passado

Rosana Hessel
postado em 14/05/2014 11:29
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a apostar na melhora da economia mundial para que o Brasil recupere o ritmo de crescimento. "Eu posso dizer que as perspectivas são de uma melhora gradual da nossa economia nos próximos anos", afirmou. Ele reconheceu que essa recuperação ainda deve demorar porque a expansão das nações desenvolvidas ainda é modesta. ;Há uma transição dolorosa para os países envolvidos nisso", completou.

Mantega: os países emergentes pareciam fragilizados. Os apressados queriam decretar como finados os países emergentes
O ministro destacou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 2,3%, poderá ter sido um pouco melhor devido à revisão da metodologia de cálculo da produção industrial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O PIB de 2013 também deverá ser revisto por conta da revisão da produção industrial. E por isso deve alterar o resultado", explicou.

Mantega voltou a criticar os pessimistas que alertaram para o aumento do risco das nações em desenvolvimento no ano passado, quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciou a redução de sua política de estímulo nos mercados, que injetava mensalmente US$ 85 bilhões, naquela época, e US$ 55 bilhões atualmente. "Os países emergentes pareciam fragilizados. Os apressados queriam decretar como finados os países emergentes",afirmou Mantega lembrando que, como sinal dessa recuperação, o real voltou a se valorizar e está entre as que mais se valorizaram neste ano.



O ministro também destacou que o fluxo de entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) está entre os cinco maiores do mundo. "Quero dizer que o Brasil é um dos mais atrativos mercados para o IED. O país é um mercado privilegiado para IED e tem uma economia sólida e a maior razão da nossa solidez pode ser vista no nosso volume de reservas", afirmou ele, mostrando um gráfico de crescimento do estoque de cerca de US$ 370 bilhões divisas em moeda estrangeira. "Isso permite ao país enfrentar a escassez de liquidez e saídas de capital com maior facilidade", disse.

O ministro participa de audiência pública conjunta das comissões de Fiscalização e Controle e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Ele foi chamado para dar explicações na casa sobre a crise econômica, o rebaixamento rebaixamento da classificação do Risco Brasil pela Standard & Poor;s e a polêmica compra da refinaria americana de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, pela Petrobras. A audiência estava marcada para começar às 9h30, mas o ministro chegou no Plenário às 10h47 e começou a falar às 11h08. Pouco antes, ele teve uma conversa com os dois presidentes da comissão e líderes da base aliada.

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