postado em 20/05/2014 14:15
Na avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inflação elevada nos serviços gerou maior retração no comparativo anual do setor desde o início da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Divulgada nesta terça-feira (20/5), a pesquisa do IBGE constatou que a receita bruta do setor de serviços cresceu 4,4% na passagem de fevereiro para março. O crescimento do mês reverte a queda registrada de janeiro a fevereiro (-3,3%), puxado pela receita do segmento dos serviços prestados às famílias, que cresceu 8,1%.
No entanto, segundo a CNC, a variação em relação a março de 2013, descontada a inflação, foi negativa em 2,3%, alcançando ;o pior resultado; desde janeiro de 2013. ;Em termos reais, a variação de 9,1% dos serviços apurados pelo IPCA entre março de 2013 e março deste ano levou o faturamento real do setor de serviços a registrar a maior queda anual histórica da pesquisa nessa base comparativa;, afirmou o economista da CNC, Fabio Bentes.
Bentes acredita, porém, que, se depender da inflação, os números do setor de serviços tendem melhorar no próximo mês. ;A inflação dos serviços atingiu um pico em março, sendo a mais alta dos últimos dois anos, mas em abril, em termos de preço, a situação deve melhorar e teremos um deflator menor;, avalia o economista.
Com base nos dados da pesquisa, a confederação avalia que os segmentos com as maiores taxas na comparação anual foram os serviços prestados às famílias (10,0%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (8,8%). No corte regional destaque para Mato Grosso (20,4%), Distrito Federal (20,3%) e Acre (15,1%) que asseguraram o melhor desempenho do setor. A região Centro-Oeste (17,8%), segue sendo a mais aquecida e responde por aproximadamente 7% da receita anual dos serviços.